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Nova Iorque, EUA - 1980

Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ

Mateu Velasco formou-se em Desenho Industrial pela PUC-Rio em 2003 e é mestre em Design Gráfico pela mesma universidade. Começou a trabalhar profissionalmente como ilustrador em 1999. Expandiu sua atuação pintando murais públicos no início dos anos 2000, desenvolvendo uma linguagem própria como artista visual. 

A arte de Mateu revela uma realidade que vivemos e não percebemos, ativando nossa memória e sensibilidade através de sua poética crítica e conceitual. Repletos de referências do cotidiano urbano, seus trabalhos sinalizam uma insistente necessidade de humanização da cidade que capturam o espectador e o transporta para um mundo de superposições e signos gráficos recortados de elementos do mundo real com caráter lúdico. 

O resultado é uma colagem de pedaços de memórias que despertam nosso olhar, afirmando sua qualidade etérea.

Ao longo dessa jornada, ele colecionou imagens de sua vida diária, transformando-as em desenhos, esboços, rabiscos e vários gráficos. A junção de cada fragmento constitui o fio condutor de seu processo criativo, convidando o espectador a novas possibilidades de narrativas visuais e poéticas.

instalação

instalação

INSTALAÇÃO “PÁSSARO QUE CANTA NA GAIOLA DESCREVE AS NUVENS LÁ FORA”, 2022
 

Me interessa a realidade distraída do cotidiano;

a domesticação do nosso domicílio no espaço

e das paisagens que articulam nossa experiência da duração do tempo;

Me interessa o que talvez não interesse.

Somos o que lembramos ser.

O reflexo dentro dos olhos refletidos no espelho.

As coisas que passam e ficam guardadas em algum lugar no futuro,

bem no limite do que conseguimos ver...

Sartre diria que “pinturas são janelas para um mundo inteiro”, pois ao tensionar realidade física e estrutura expressiva, assombram nosso olhar.

No entanto, nosso espaço existencial não é um espaço pictórico bidimensional. É preciso estar entre as coisas para projetar significados e significações no que vemos; transformar o caos em cosmos.

Nossos ambiente vêm perdendo gradativamente sua essência material e se impregnando com seu caráter formal.  A forma do ambiente que nos cerca define o tempo presente.

 

Esta série surgiu a partir da coletânea de fragmentos do mundo real simulado pelo virtual. No últimos dois anos percorri distâncias enormes dentro do Google Street View, coletando paisagens e memórias achatadas pelos pixels do monitor.

Usando apenas material de construção, procurei resgatar o que foi apropriado pelo virtual. Compensados de madeira, tinta para piso ou automotiva, pincéis de parede. Como que para reconstruir o que foi tomado fosse necessário construir uma realidade tangível. O contraste da tinta preta sobreposta à brancura da tela, do liso, encerra a calmaria do vazio. Latas vazias, restos de obras e objetos ordinários do dia a dia. Escombros, sobras e descartes estão à margem da funcionalidade e da estética. O descartável é efêmero na forma, mas atemporal na matéria. O desgaste e a decomposição geralmente não são considerados elementos positivos sobre o caráter atemporal que uma obra de arte deveria ter, pois contrapõe a ideia de duração. Mas afinal, quanto tempo o tempo tem?

MATEU VELASCO

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obras

obras

SÉRIE: GAVETAS, 2020

Na série “Gavetas”, que articula recortes de papel, fotografias, fios de algodão e gelatina, Mateu mistura e reaproveita objetos acumulados pelo exercício coletor que é base de sua poética, para criar uma obra autoral. As “gavetas” manipuláveis lidam com o imprevisível e, a qualquer movimento do espectador, revelam composições infinitas e imprecisas. Assim como as memórias. São as múltiplas camadas e permanências de passados que conferem espessura ao presente do artista. 

exposições

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PROFILE: Mateu Velasco
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