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Tiros, MG - 1948

Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ

Xico Chaves desenvolve seu trabalho pictórico através de séries temáticas e conceituais. A partir de diversas expedições ao Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais e outras regiões do Brasil, toda a pintura do artista, desde mais antigas, como as da série Luzz (1970), às mais recentes, como as da série Tramas XL (2018) é produzida com minerais, pigmentos naturais e resina acrílica, sendo essa a principal referência do artista no campo das artes visuais contemporâneas. A criação de objetos poéticos e espaciais está presente desde o início de sua pesquisa, desta forma, são intercalados as diversas séries pictóricas. Sua temática compreende três grandes eixos: vida, arte e política.

O interesse pela experimentação permanente de linguagens e meios técnicos para expressão artística tornou Xico Chaves reconhecido internacionalmente como artista múltiplo, possuindo em sua trajetória além de pinturas e objetos, performances, poemas-processo, vídeos-arte, fotografias e registros nos campos da poesia, música popular e experimental.

obras

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SÉRIE: TETO SOLAR

Pinturas com minerais e resina acrílica sobre tela realizadas nas regiões de mineração no quadrilátero ferrífero do estado de Minas Gerais e finalizadas no atelier. Estas obras dialogam com a geografia de seu entorno e a matéria construtiva de sua origem ancestral.  As obras,  energizadas com os minerais em estado bruto, interagem com a natureza,  seus elementos circundantes em movimento interativo com a água, os raios solares, a vegetação, o vento e a performance corporal. A pintura reúne gestualidade, observação, reflexão e atemporalidade ao incorporar a trajetória do processo criativo do artista, seu imaginário,  a realidade matérica e suas diversas origens. O chão, seus acidentes e sua diversificada composição, sob os efeitos da água, da terra, e da radiação solar determinam o tempo de criação na metamorfose da imagem  e sua composição semântica. 

SÉRIE: NOVA MATÉRIA

Do espaço em direção à gravidade, Nova Matéria procura o sólido em suas infinitas formações planetárias, aglomerações, composições geológicas, geografias, cromatismos, friabilidade, maleabilidade e sentido poético, sobre variados suportes. As viagens e pesquisas em Minas, mineradoras e paisagens resultam em representações aerofotogramétricas de relevos, derretimentos, erosões, transmutações físicas imaginárias em algum lugar do universo, como se o planeta ou corpo celeste fosse sempre visto do alto, ora consolidado, ora em processo de formação.

POEMA VISUAL

A poesia de Xico Chaves veio ao longo dos anos, paulatinamente, unindo-se a todas as atividades da vida, do trabalho burocrático, da política, do lazer, da amizade, dos afetos, de modo que hoje já não podemos distinguir em suas atividades o que é ou o que não é arte [poesia]; cada gesto seu é uma ação artística. Talvez esse tenha sido o desafio que ele propôs a si mesmo, fazer da vida uma grande forma de operação artística.

OBJETOS INTERCALARES

Na passagem entre todas as séries de pinturas, surgem, com frequência, como se fosse o preenchimento do processo criativo, ora como experiências transmutadas em obras, ora como proposições de variados objetos, denominados pelo artista como Objetos Intercalares (em série ou isolados). Esses objetos estabelecem referências com a produção poética, visual e literária simultâneas ao processo de criação como um todo.

OLHO NA JUSTIÇA

Interferência, instalação e performance, realizadas na escultura A justiça, de Alfredo Ceschiatti, na Praça dos Três Poderes (DF). Por ocasião do impeachment do presidente da República, Fernando Collor, Xico Chaves colocou, sobre a venda que representa a imparcialidade, dois olhos vesgos. A ação, planejada sigilosamente durante três meses, coincidentemente aconteceu no mesmo dia em que, pela primeira vez, as ruas das principais capitais do país foram tomadas pelos caras-pintadas.

O artista foi detido pelas forças especiais do Palácio do Planalto, havendo, ainda, um dossiê inédito sobre a intervenção que teve o mérito de resgatar a imagem da justiça como aquela que vê, uma vez que já estava em trânsito sua simbologia arquetípica como cega e imparcial. Houve uma sucessão de sincronicidades como associação midiática. A ação pode ser considerada coletiva por interagir com o inconsciente coletivo, onde estava circunscrita.

A partir dessa ação, a escultura passou a figurar em quase todas as matérias sobre justiça e reivindicações populares, tornando-se centro de referência para manifestações e atos públicos. 

Olho na justiça | 1992

Impressão fine art sobre papel Hahnemühle PhotoRag 308g 100% algodão

Edição: 16 + 4 PA

111 x 82 cm

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